sábado, 17 de abril de 2010

LULA metido em ENCRENCA!

Lula tem adotado uma postura irritante perante a chamada “comunidade internacional”. Estou me referindo especificamente à defesa incisiva de Lula quanto ao programa nuclear do Irã, que oficialmente possui fins pacíficos. (Bom, é evidente que, em caráter oficial, o “sensato” presidente iraniano defenderá o viés pacífico do dito programa. “Nunca nessa vida”, Ahmadinejad afirmará que pretende construir uma bomba nuclear para lançá-la contra outro país, Israel, para simplesmente destruí-lo).

Evidentemente, Lula não está preocupado com a necessidade do Irã de ter um programa nuclear para (supostamente) atender suas demandas energéticas. O interesse é meramente comercial, pois o Brasil exporta urânio para o Irã. Pura mesquinharia, para dizer o mínimo.
O problema é que Ahmadinejad já propalou afirmações bombásticas, (com o perdão do trocadilho ridículo), tal como: “o holocausto não ocorreu”, ou algo parecido. Ahmadinejad já fez declarações ofensivas e mesmo ameaçadoras contra o estado de Israel.

Assim, digamos que o oriente médio não é a região mais pacífica e estável do mundo. Bem como Ahmadinejad não é a figura mais doce, sensata e comprometida com a paz no mundo. Porém, ao que parece, Lula acredita ser bonitinho defender perante as lentes de todo o mundo a legitimidade do programa nuclear iraniano.

Assim, registre-se um questionamento: Será que o Brasil precisa tanto vender urânio para o Irã? Será que se deixar de vender essa “matéria-prima”, o Brasil mergulhará numa crise econômica vultosa? E ainda: Vale a pena o risco? Pois daqui a algum tempo as TVs de todo o mundo poderão anunciar as imagens do Irã realizando testes nucleares, com bombas construídas com “urânio brasileiro”. Seria vergonhoso, no mínimo.

Assim, creio que não vale a pena vender urânio para o Irã. Para que? Não passa de estupidez.

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Por outro ângulo, podemos perceber que o assunto é mais complexo do que parece. Vamos viajar um pouco: A ONU possui um conselho de segurança, com “poder” para impor resoluções a serem obedecidas pelos governos membros. O tal conselho possui 15 “estados-membros”, dos quais cinco são PERMANENTES e com PODER DE VETO, quais sejam: EUA, Rússia, Reino Unido, França e China.

Mas em primeiro: Apenas nove países do mundo possuem armas nucleares. Entre os nove, cinco fazem parte do conselho de segurança da ONU. Assim, os cinco países mais poderosos politicamente do mundo possuem arsenais nucleares.

Segundo: Evidente que os países que integram as cadeiras permanentes do conselho de segurança da ONU pretendem manter o considerável poder político que exercem sobre o mundo. E para muitos, impedir que outros países tenham arsenais nucleares é necessário para a manutenção do poder e influência política de apenas cinco países sobre o mundo.

Terceiro: Assim, cabe uma pergunta? Que MORAL possui países com “exuberantes” arsenais nucleares para impedir outros países de terem bombas nucleares? Na pratica afirmam: “Nós temos, mas vocês não podem ter”.

Portanto, sou forçado a concluir que é correta e legítima a preocupação do mundo quanto ao programa nuclear de Ahmadinejad, (preocupação não compartilhada pelo Lula). Mas não há qualquer órgão internacional, instituição, país, líder ou governo com moral para reprovar o programa nuclear iraniano.

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